O senador John McCain, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, chegou neste domingo a Bagdá, em sua primeira visita ao Iraque desde que entrou em campanha. A viagem gerou polêmica: apesar de oficialmente ela integrar os trabalhos do Comitê de Serviços Armados do Senado, do qual McCain faz parte, os críticos do senador alegam que ele está usando dinheiro dos contribuintes para um ato de campanha.
"O mundo estará observando. Não acho que ele vá explorar a viagem para outras razões, mas teremos de ver", comentou a senadora democrata Dianne Feinstein. Analistas vêem a viagem como uma oportunidade para McCain exibir seu conhecimento em política exterior e questões militares enquanto Hillary Clinton e Barack Obama se debatem na disputa interna do Partido Democrata.
Um dos principais articuladores da invasão de 2003 ao Iraque, McCain se encontrou hoje com o vice-primeiro-ministro iraquiano Barham Saleh e tinha planos de reunir-se com o general David Petraeus, a principal autoridade militar do país.
Durante a semana, McCain havia expressado preocupação com a possibilidade de que militantes iraquianos tentassem influenciar as eleições americanas de novembro. "Sei que estão atentos, pelas interceptações que fizemos em suas comunicações."
Veterano da Guerra do Vietnã, o senador criticou a forma como os EUA vinham conduzindo a ação militar no Iraque até que 30 mil novas tropas foram enviadas ao país, no ano passado. Sua projeção política tem variado de acordo com a aceitação dos americanos à guerra. Na semana passada, ele defendeu que a forma mais rápida de concluir o conflito é "continuando o ataque". O senador visitará Israel, Inglaterra e França antes de voltar aos EUA.
Apoio a ObamaDepois de um fim de semana empenhado em juntar esforços para se afastar do protestante Jeremiah Wright, o polêmico pastor de sua igreja, Obama recebeu hoje um apoio importante. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, afirmou que seria prejudicial ao partido se os superdelegados que definirão quem concorrerá à presidência não escolham o candidato que tem mais delegados ao seu lado - Obama, no caso.