Autoridades sanitárias do Paraguai informaram hoje que 26 pessoas contraíram febre amarela no país. A doença reapareceu após 34 anos e, segundo o vice-ministro de Saúde, Antonio Barros, "chegou para ficar". Barros acrescentou que "não nos resta outro caminho além de lutar contra ela, limpando nossas casas e comunidades. Só eliminando a água parada, onde se reproduz o mosquito que produz o contágio, vamos controlar essa doença". Dos 26 atingidos, oito morreram, de acordo com dados confirmados por análises de laboratório. Outros cinco mortos tinham todos os sintomas e sinais da doença, mas seus familiares não autorizaram a autópsia.
Barros pediu aos homens que cooperem com a limpeza das residências e não deixem "apenas nas mãos das mulheres" a higiene das casas. A febre amarela é transmitida nas zonas rurais pelo mosquito Aedes albopictus. Nas áreas urbanas, o transmissor da doença é o Aedes aegypti. Entre seus sintomas estão a pele amarelada, insuficiência renal e hepática, febre alta, fortes dores de cabeça e náuseas. O Paraguai recebeu 3,4 milhões de vacinas da Organização Mundial de Saúde, de Brasil, Peru, Bolívia, Cuba e Venezuela. O foco principal da doença no país se encontra no Estado de San Pedro, 220 quilômetros a norte de Assunção.