O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, ordenou neste sábado a reativação de dois reatores nucleares do oeste do país, pela primeira vez desde o acidente de Fukushima provocado pelo tsunami de 11 de março de 2011, segundo vários veículos da imprensa japonesa.
"Decidimos esta reativação e estão em curso os preparativos para torná-la efetiva", explicou o ministro da Indústria, Yukio Edano, em coletiva de imprensa.
A decisão foi tomada na manhã deste sábado depois de um longo processo e ao fim de uma reunião ministerial na qual o chefe de governo recebeu o acordo definitivo das autoridades locais.
Depois de receber luz verde da prefeitura de Ohi, o governador da prefeitura de Fukui, a província onde estão estas duas usinas atômicas, transmitiu seu consentimento a Noda e aos ministros envolvidos, entre eles da Indústria e do Meio Ambiente.
Esta conclusão já esperada ocorre depois de uma declaração do chefe de governo no último fim de semana para explicar a necessidade de voltar a conectar as unidades 3 e 4 de Ohi.
"Me parece que deveríamos reativar esses reatores", explicou Noda, que justificou seu pensamento com a necessidade de levar em conta as repercussões negativas de uma insuficiência de energia na economia e na vida dos cidadãos, enquanto prometeu fazer todo o possível para que não ocorra um acidente como o de Fukushima.
Uma petição que exige o fim da energia nuclear e reuniu cerca de 7 milhões de assinaturas foi entregue ao governo na sexta-feira pelo prêmio Nobel de Literatura Kenzaburo Oe.
Os 50 reatores nucleares do arquipélago estão atualmente parados por causa de terremotos ou sessões de manutenção regulares.
O Ohi é o primeiro a ser reativado porque passou nos testes de segurança exigidos após a tragédia de 11 de março de Fukushima, e obteve a aprovação de todas as autoridades competentes.
Outras unidades passaram por testes e os resultados estão sendo validados. Se forem consideradas seguras, também devem ser reativadas, advertiu o governo.