Milhares de paraguaios protestaram nesta terça-feira diante de hospitais estatais para exigir a imunização contra febre amarela, em meio a um surto da doença que provocou quatro mortes.
Desde que foram confirmados os primeiros casos no começo de fevereiro, os paraguaios tomaram os centros de saúde para serem vacinados, mas a demanda se intensificou após a aparição de dezenas de pacientes suspeitos na área que rodeia Assunção.
Imagens de televisão mostraram como centenas de pessoas tentavam derrubar um portão para entrar num centro de vacinação na cidade de Luque, considerada foco de risco da doença.
"Queremos vacinas", gritavam as pessoas em frente à entrada do edifício cercado por policiais enquanto outros saltavam os muros, num clima de tensão poucas vezes visto nestas circunstâncias.
Em Villa Elisa, outra cidade perto de Assunção, os moradores fecharam um caminho e queimaram objetos após aguardar durante horas para serem atendidos. Incidentes similares foram registrados também no município de San Lorenzo.
"Quero dar tranquilidade à população, vamos seguir vacinando", disse em entrevista coletiva o ministro da Saúde Pública e Bem-estar Social, Oscar Martínez Doldán.
O ministério informou que de sete casos suspeitos de mortos, três foram descartados e os outros quatro são considerados altamente prováveis.
O Paraguai recebeu doses da vacina do Brasil e do Peru.