O prêmio Nobel de Literatura, Gabriel García Márquez, esteve ausente da homenagem prestada a ele na reunião deste domingo da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), durante a qual o presidente, o dominicano Rafael Díaz, voltou a denunciar a Venezuela onde existe o que chamou de "estratégia deliberada" contra a liberdade de imprensa.
Molina também destacou as preocupações com a continuidade da violência e de assassinatos de jornalistas na Colômbia, Peru, Brasil e México.
E exigiu, além disso, a libertação de 20 jornalistas independentes presos em Cuba demonstrando, também, inquietação com as medidas judiciais adotadas nos Estados Unidos que violam o direito de manter o sigilo das fontes.
A reunião semestral da que participam 600 delegados representando a imprensa do continente começou na sexta-feira em Cartagena e concluirá nesta segunda-feira com pronunciamento do fundador da Microsoft, Bill Gates sobre as futuras megatendências das tecnologias da informação e sua relação com os meios de comunicação
Gates, que realiza sua primeira visita à Colômbia, participará, além disso, de um Foro de Líderes de Governos da região, aberto a 140 dirigentes políticos e empresariais da América Latina.
O homenageado da sessão de hoje da SIP, Gabriel García Márquez, Nobel de Literatura nasceu em Aracataca, um povoado pobre da costa norte da Colômbia que inspirou boa parte de sua obra em seu trabalho mais emblemático, o livro "Cem anos de solidão". Ele completou 80 anos no dia 5 de março.
O ano de 2007 é especial para García Márquez de diversas maneiras: além de se tornar um octagenário, também é quando completam quatro décadas da publicação da história fantástica do coronel Buendía narrada em "Cem anos de solidão", 25 anos após ter recebido o maior prêmio universal das letras e 60 de produção literária, com a publicação do conto "A Terceira Resignação".
"A verdade é que eu escrevo, simplesmente, porque gosto de contar coisas a meus amigos", declarou em 1968. Em outra entrevista, disse que só lamenta na morte o fato de não poder contar para ninguém a história depois.
Com 22 obras publicadas, a última em 2004, "Memórias de minhas putas tristes", afirmou em 1967: "Me parece que é necessária uma enorme irresponsabilidade para ser escritor".
O governo colombiano decretou o ano García Márquez, com o anúncio da reconstrução da casa em que viveu em Aracataca.
"Gabo", como é chamado por seus amigos íntimos, entre os quais o líder cubano Fidel Castro, vive há mais de duas décadas na Cidade do México, ainda que mantenha aberta sua casa colonial em Cartagena.