Reeleita, Jacinda Arden foi elogiada por ações de combate ao novo coronavírus
Com perto de 100% dos votos apurados, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, obteve uma vitória esmagadora e se reelegeu neste sábado, 17, para seu segundo mandato. Com cerca de 49% do votos, poderá governar com maioria absoluta do Parlamento. O principal partido da oposição, o Nacional, de centro-direita, só recebey 27% dos votos.
“A Nova Zelândia demonstrou o maior apoio ao Partido Trabalhista em pelo menos 50 anos”, disse a política de 40 anos, em discurso de celebração pelo resultado, em Auckland. A fala da premiê, no poder desde 2017, foi iniciada no idioma nativo maori.
Com a confirmação do resultado, o partido de Jacinda Ardern será a primeira a governar sem precisar de alianças desde a reforma eleitoral de 1996, feita para conseguir uma maior participação dos partidos minoritários. O efeito Ardern permitirá que os trabalhistas ocupem 64 das 120 cadeiras do Parlamento, um marco histórico.
Ardern, que recebeu muitos elogios dentro e fora do país pela gestão da crise da Covid-19, falou sobre sua primeira missão como governante, principalmente em um cenário futuro pós-pandemia. “Nos próximos três anos, há muito a ser feito. Vamos nos reerguer da crise da Covid-19, melhores, mais fortes e com as respostas para o que a Nova Zelândia enfrenta”.
Nos últimos meses, todas as pesquisas já previam que o trabalhismo conseguiria uma maioria confortável nas eleições, graças à popularidade da primeira-ministra e ao seu sucesso na luta contra a covid-19, priorizando a saúde sobre a economia, que entrou em recessão como consequência dessa decisão.
No entanto, com o fechamento total das fronteiras e a aplicação de dois confinamentos estritos, seu governo limitou o contágio do coronavírus a 1.900 casos no total, conseguindo que fossem registradas apenas 25 mortes por covid-19 em um país de quase cinco milhões de habitantes.