Trinidad e Tobago tem expulsado dezenas de pessoas que tentam chegar à ilha I Foto: Agência Brasil
Um naufrágio de barcos com venezuelanos que tentavam chegar às costas de Trinidad e Tobago deixou 19 mortos. A Guarda Costeira encontrou no sábado, 12, os corpos de 19 pessoas, adultos e crianças, que viajavam em um barco desaparecido havia três dias, informou Rocío San Miguel, presidente da ONG Controle Cidadão para a Segurança, Defesa e Forças Armadas Nacionais.
Elas morreram afogadas a pouco mais de 11 quilômetros do porto de Güiria, na Península de Paria, um dos pontos mais próximos do arquipélago do Caribe. O dirigente opositor David Smolansky relatou uma "nova situação na fronteira marítima com Trinidad e Tobago".
“Ainda estamos recebendo informações em nosso escritório, mas presumivelmente várias pessoas desapareceram desde 6 de dezembro e foram encontradas mortas no mar, muito perto de Güiria, Sucre”, escreveu ele em sua conta no Twitter.
“Segundo parentes e pessoas próximas dessas pessoas, o barco deixou Güiria para Trinidad em 6 de dezembro, foi devolvido da ilha e teria naufragado”, continuou Smolansky. "Cadáveres foram encontrados flutuando no mar, muito perto da costa venezuelana."
O naufrágio ocorreu depois que as autoridades de Trinidad e Tobago rejeitaram a chegada dos migrantes. São cada vez mais frequentes os casos de jangadas lotadas de venezuelanos que fogem de forma precária do país, que nos últimos anos registrou um êxodo de mais de cinco milhões de pessoas, segundo estimativa das Nações Unidas. "Eles fugiram do regime e Trinidad viola o princípio de não expulsão", disse Smolansky em referência à prática de deportação forçada.