Os candidatos a prefeito e vereadores de 5.568 municípios brasileiros terminaram neste sábado, 6, suas campanhas na véspera da eleição, que pode ser considerada um termômetro da atual configuração política do país e da influência de líderes importantes.
Em todo o Brasil, cerca de 138,5 milhões de eleitores deverão participar da votação, que só não ocorrerá no Distrito Federal e em Fernando de Noronha.
As eleições medirão a influência dos líderes dos grandes partidos nos principais colégios eleitorais do país em função do resultado dos candidatos que eles apoiam. O que sair dar urnas poderá servir de análise para o que vai ocorrer nas eleições presidenciais de 2014.
As pesquisas mostram que em 20 das 26 capitais e em outras 40 grandes cidades nenhum candidato a prefeito terá mais da metade dos votos e por isso haverá segundo turno, que será realizado em 28 de outubro.
As principais forças políticas do país são as melhores colocadas nas pesquisas na maioria das cidades, mas há também um punhado de partidos pequenos com chances de vitória.
O melhor exemplo é São Paulo, a maior cidade do país, onde as enquetes dão uma ligeira vantagem a Celso Russomanno, um ex-apresentador de televisão do .
Atrás de Russomanno, que é apoiado pela poderosa Igreja Universal, estão José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), quem tem como padrinhos a presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva.
Por outro lado, no Rio de Janeiro, espera-se que o atual prefeito, Eduardo Paes, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), vença neste domingo no primeiro turno, apoiado pelo bom momento da cidade, que irá receber os Jogos Olímpicos de 2016 e vive uma fase de maior segurança.
Dos 15.014 candidatos a prefeito em todo o país, metade se divide entre seis forças: Partido Republicano Brasileiro (PRB), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Partido Social Democrático (PSD), Partido Progressista (PP) e Partido Socialista Brasileiro (PSB), que apoia o governo Dilma mas faz oposição ao PT em cidades importantes.
Os candidatos a prefeito - 653 deles tentam reeleição - e os 417.996 aspirantes a uma das 57.422 vagas a vereador utilizaram neste sábado sua última chance de fazer campanha em atos de rua, já que comícios e a propaganda nos meios de comunicação estão proibidos.
As eleições contarão com o apoio de 40 mil militares em 127 municípios, onde as autoridades locais não são capazes de garantir a segurança, entre eles o Rio de Janeiro, cidade onde o exército vigiará comunidades onde grupos armados podem tentar impor o voto à população.
As zonas eleitorais serão abertas neste domingo às 8h e fecharão às 17h, a partir da qual estão autorizadas as pesquisas de boca-de-urna. Logo em seguida começa o processo de apuração, que costuma durar poucas horas devido ao voto eletrônico, instituído em todo o país desde 2000.
Cerca de 7,7 milhões de eleitores de 299 municípios votarão em urnas equipadas com leitores de impressões digitais, um sistema que começou a ser implantado em 2008 para melhorar a segurança, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O resultado das urnas pode não ser definitivo em alguns municípios, já que o TSE ainda não julgou 7.511 candidatos por supostas irregularidades, metade deles de acordo com a Lei da Ficha Limpa.