ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) protagonizam repeteco
O primeiro debate televisivo do 2º turno das eleições em Salvador, promovido, nesta quinta-feira, 18, pela Band Bahia, reproduziu, ao vivo, o que os candidatos Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM) apresentam no horário eleitoral gratuito: muitas criticas e acusações sem apresentação de novas propostas para os eleitores. No confronto direto, eles procuraram aproximar o adversário de aliados que consideram incômodos do ponto de vista eleitoral. O petista sempre 4vinculou ACM Neto ao prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PP), e o democrata associou Nelson Pelegrino ao governador Jaques Wagner.
No primeiro bloco, em que os candidatos responderam a a perguntas feitas pela mediadora Silvana Oliveira, Neto questionou a experiência administrativa de Pelegrino, acusando-o de "fracassar" na tentativa de combate ao crime organizado da sua gestão na Secretaria de Justiça do Estado. Pelegrino disse que sua administração foi reconhecida e destacou ter experiência, ao contrário de Neto, "que só administrou ate agora os bens da família".
Pelegrino pediu ao adversário uma avaliação da situação da saúde em Salvador. Neto criticou " a indicação do ex-secretário Luiz Eugênio Portela por Pelegrino para a pasta no primeiro governo de João Henrique e citou um desvio R$ 81 milhões - o que foi rebatido pelo petista e atribuído à ex-secretária Aldeli Rocha. Pelegrino, destacou que está de volta a "trinca" ACM Neto- João Henrique - Geddel Vieira Lima, que ajudou a reeleger o prefeito de Salvador, em 2008. O petista citou os grampos (escutas telefônicas) ilegais e os grupos de extermínio como situações vividas durante a gestão dos 16 anos DEM no estado.
Na seção de perguntas recíprocas, Pelegrino acusou neto de ser contra as cotas raciais, o Prouni e os quilombolas e contra a população de bairros populares que serão beneficiados com a implantação do metrô da Paralela, além de destacar a vantagem de estar alinhado com os governos federal e estadual. Pelegrino também citou uma reportagem da revista veja, dada pelo ex-deputado José Roberto Arruda (DEM) em que afirmaria ter ajudado financeiramente a campanha de Neto, o que foi contestado por Neto, que disse ter havido desmentido da publicação. O mensalão do DEM e do PT também estiveram na pauta dos candidatos.
A discussão sobre mobilidade urbana levou ao uso de helicóptero para o deslocamento do governador Jaques Wagner (PT) pela cidade , destacado pelo democrata, e as despesas com aeronaves no governo Paulo Souto, citadas por Pelegrino .
"Retado" - A questão do alinhamento ou não com os governos estadual e federal foi destacada. Pelegrino concordou que uma eventual administração de Neto não seria alvo de perseguição de Wagner nem Dilma, mas ressaltou a importância de fazer parte do mesmo grupo politico. Neto disse que não faltaria recursos do governo federal para um prefeito "retado" que tivesse bons projetos para Salvador. Ao final, agradeceram a Deus por ter chegado ao segundo turno e pediram votos aos eleitores nas eleições do próximo dia 28.