Eliana tem esperança de que a presidência do PSB faça avaliação e defina destinação de recursos
A candidata ao Senado pelo PSB, Eliana Calmon, reduziu em 30% o número de pessoas que trabalhavam em seu comitê eleitoral, instalado na rua Miguel Bournier (Barra), na capital baiana.
O comitê, que contava com 40 profissionais, conta agora com 28 e ontem permaneceu quase sem movimentação. "Estamos em stand-by", disse Marinho Soares, integrante da equipe de coordenação do campanha de Eliana Calmon.
Contribuíram para a decisão da socialista o baixo índice de doações para a campanha e as imprecisões de envios de verbas pela direção nacional do partido, agravadas após a morte de Eduardo Campos. "Não dá para assumir custos sem previsão de ter dinheiro", disse Soares.
Eliana Calmon havia anunciado, quando registrou sua candidatura, gastos máximos de campanha da ordem de R$ 8 milhões. Mas, segundo a coordenação de seu comitê, até o momento os gastos somam R$ 700 mil - consideradas aí as dívidas já contraídas e que ainda vencerão.
"Eu estava achando que estava com muita gente (no comitê) e estava perdendo o controle", disse a candidata, que estava ontem em Brasília, onde participou de missa que lembrou os sete dias da morte de Campos.
"Eu precisava fazer uma reforma na administração do comitê, reorganizando a parte burocrática, que fica por trás da campanha", apontou Eliana Calmon.
A pausa na campanha, segundo a candidata, também se deveu ao fato de considerar não ser prudente contratar serviços sem ter garantia de saldar novos compromissos financeiros.
Doações
A candidata disse que até o momento só recebeu doações de amigos para realizar a campanha. "Fora isso, não tenho tido doações expressivas, porque também escolho de quem vou receber doações", apontou Eliana Calmon.
Marinho Soares disse que a maior parte das verbas para a campanha de Eliana viriam pelas mãos de Eduardo Campos, que a levou para o PSB e convenceu a sair candidata.
Eliana Calmon disse que a nova presidência nacional do PSB deve fazer uma avaliação econômica da campanha e, a partir daí, definir a destinação de recursos.
"Mas não estou me sentindo só. Recebi o apoio de Lídice, de quem me aproximei muito nos últimos sete meses", aponta a candidata. Ela disse também ter recebido o apoio de socialistas como Fernando Bezerra, candidato ao Senado por Pernambuco, e Luiza Erundina, do PSB paulista.
A campanha também permanece em "stand by" até que sejam feitas novas placas e banners com a nova candidata à presidência. "Por respeito, escolhemos não usar a imagem de Eduardo Campos", disse Marinho Soares.