O prefeito do Rio de Janeiro César Maia, do PFL, criticou duramente o apoio do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, presidente do PMDB fluminense, e sua mulher, a governadora Rosinha, ao candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin. O anúncio formal desse apoio será feito esta tarde. Já o candidato ao governo apoiado por Garotinho, Sérgio Cabral Filho, fechou ontem uma aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste segundo turno.
"Acho um erro grave da campanha Alckmin porque o desgaste do casal é terminal", avaliou em entrevista ao Broadcast Ao Vivo. Segundo ele, Alckmin sozinho teve uma performance "muito boa" no interior do Estado do Rio de Janeiro e não precisaria do apoio do casal.
Por outro lado, reconhece ser difícil negar apoio nesse momento, a exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu apoio do ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment e agora se elegeu senador. "Ninguém nega apoio, mas daí a tirar fotografia (junto) é um erro. Garotinho foi um governo de propinoduto e corrupção", atacou.
Maia acredita que a Alckmin sai mais fortalecido para este segundo turno e pode ser favorecido com votos que foram para outros candidatos na 1º votação. "A grande maioria dos votos em Cristovam e Heloisa vão ser contra o Lula", disse, reconhecendo, no entanto, que esses votos ainda podem ser nulos ou brancos.
De qualquer maneira, Maia acredita que seu apoio pode ajudar o candidato tucano. "Tenho peso na cidade do Rio. Minha base está toda aqui. Eu atuo como crítico e super ego da campanha", garantiu.