Às vésperas das eleições e com as pesquisas apontando uma indefinição no quadro da disputa paranaense, os coordenadores das duas campanhas no Estado evitaram arriscar com novas denúncias ou mesmo reprisar as anteriores no horário político de hoje. Os dois candidatos, Roberto Requião (PMDB) e Osmar Dias (PDT), usaram apenas alguns instantes dos programas para leve alfinetada no adversário. No mais, depoimentos de apoio e destaque a alguns pontos programáticos.
No horário da coligação Paraná Forte (PMDB/PSC), acentuou-se o apoio do governador Requião às micro e pequenas empresas com a isenção ou redução do ICMS, com a promessa de que isso continuará. Foi inevitável a comparação com o governo de Jaime Lerner, que hoje apóia Dias. Segundo o atual governo, enquanto Requião, em três anos e nove meses, criou 351 mil novos empregos, nos oito anos de Lerner foram criados 37 mil. "O governador precisa ter experiência, competência, conhecimento da realidade para promover as mudanças indispensáveis na construção de uma realidade mais justa, mais igual e mais fraterna", disse Requião, que busca o terceiro mandato.
O programa da coligação Paraná de Verdade (PDT/PSB/PP/PTB/PTC/PMN/PTN/PT do B/Prona) optou por destacar a proposta de Dias de acabar com a taxa mínima de água, que obriga ao pagamento de 10 metros cúbicos, mesmo que o gasto seja menor. Também falou sobre o projeto da Fábrica do Campo, que prevê a transformação industrial dos produtos agrícolas. "Vou promover uma mudança radical. Hoje, o governo representa seus próprios interesses. Isso vai acabar. Vou comandar o governo que representará os interesses da população. O personagem principal não será mais o governador. Serão os paranaenses", disse Dias.