Após ser alvo de polêmica, o presidente Jair Bolsonaro desistiu de viajar a Nova Iorque este mês para receber a homenagem de "Pessoa do ano". O evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA ocorreria no dia 14 de maio.
Em nota, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro cancelou a ida aos Estados Unidos "em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova Iorque e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade".
"Em função disso, e consultados vários setores do governo, o presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami", disse o porta-voz (confira íntegra da nota abaixo).
A homenagem ao presidente foi alvo de protestos e resistências nos Estados Unidos. Primeiro, o Museu de História Natural da cidade se recusou a ser sede para o evento. Depois, Bolsonaro foi alvo de críticas pelo prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio. A Câmara de Comércio teve dificuldade em conseguir um lugar para realizar o evento, mas por fim havia reservado um espaço em um hotel da rede Marriott, próximo à Times Square.
Durante a última semana, ativistas de direitos LGBTQ passaram a pressionar empresas que patrocinam o evento a boicotar a premiação. Algumas empresas, como a Delta, decidiram deixar de patrocinar o evento devido à pressão. Uma grande manifestação é preparada para acontecer no dia do evento.