Pré-candidato, ex-ministro tem criticado indicação de Major Denice por Rui | Foto: Bruno Luiz | Ag. A TARDE
Ex-ministro da Cultura e atual pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, Juca Ferreira afirmou neste sábado, 14, que o processo de escolha do nome da sigla que vai disputar o Executivo Municipal está “no limite” de “machucar, esmagar e desconsiderar” aqueles que não forem selecionados.
Disputam a indicação do partido cinco nomes, atualmente. Além de Juca, estão no páreo a socióloga Vilma Reis, o deputado estadual Robinson Almeida, a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial Fabya Reis e a major Denice Santiago. Esta última é considerada favorita e deve ser escolhida em encontro de delegados da legenda, no próximo dia 21.
Escolhida do governador Rui Costa, no entanto, a policial militar está envolta em polêmica. Sua designação para concorrer à prefeitura é criticada internamente. Militantes e pré-candidatos, como o próprio Juca, julgam que Rui e seu grupo impuseram o nome da major e desaprovam o fato de ela ter se filiado ao partido apenas na última quinta, não sendo militante histórica, como os outros quadros na corrida.
“Precisamos cuidar muito bem desse processo para que a gente não machuque, não esmague, não desconsidere os que não serão vencedores. Esses processos, às vezes, deixam muito desgaste”, alertou Juca, em entrevista ao A TARDE, durante o lançamento do Programa de Governo Participativo (PGP) do PT para Salvador, nesta manhã.
Com pré-candidatura mantida, a despeito das avaliações de que Denice será a escolhida, o ex-ministro disse que a política é o “terreno do imponderável” e que não pode haver afirmação de um nome específico antes da escolha no dia 21. “No momento, a gente tá vivendo a estratégia de afirmação de um nome antes da hora. No futebol, a gente chama isso de rolo compressor”, alfinetou.
Deputado mantém pré-candidatura
Assim como Juca Ferreira, Robinson Almeida também pretende manter sua pré-candidatura até o dia 21. Nos últimos dias, surgiram nos bastidores especulações sobre uma possível desistência sua antes do encontro de delegados por causa da consolidação de Denice.
“Ela [pré-candidatura] é fruto de uma sugestão e apoio, de lideranças, de militantes do PT, que veem em meu nome uma alternativa de renovação política em Salvador, apresentada pelo partido. Nós vamos, no próximo dia 21, escolher quem é o candidato do PT para disputar e ganhar a eleição em Salvador”, assegurou.