Siqueira disse que êxito eleitoral de Bolsonaro depende da aproximação de clima que favorece “ditadores e facínoras”.
Em carta enviada nesta terça-feira, 22, aos deputados do PSB, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, explicou o motivo pelo qual a legenda entrou para o bloco formado por Rodrigo Maia e afirmou que existe uma “verdadeira repulsa” de que a sigla venha a apoiar um candidato de Jair Bolsonaro à Presidência da Câmara. A informação é da revista Época.
“Há, portanto, sem qualquer margem a dúvidas, seja no interior do partido, seja nos espaços político dos quais legitimamente participamos, inclusive junto à sociedade civil, um mal-estar, uma ojeriza, uma verdadeira repulsa, de que nos aproximemos de uma articulação política que tem por principal característica o autoritarismo e as impressões digitais de seu principal líder no Brasil”, relatou Siqueira.
O presidente da sigla disse também que o êxito eleitoral de Bolsonaro depende da aproximação de um clima que favorece “ditadores e facínoras”.
“Essas pautas retrógradas e obscurantistas fazem parte do projeto político que o elegeu em 2018, mas também são pressupostos necessários de sua reeleição, porque seu êxito eleitoral depende da divisão do país, da aproximação de um estado de anarquia e beligerância social, no qual proliferam sobretudo os afetos, em lugar da racionalidade política. A história ensina que esse sentimento de ‘caos por se instalar’ favorece lideranças autoritárias, cria as janelas de oportunidades para os ditadores e facínoras das mais variadas espécies”.
O documento é destinado aos 13 deputados da legenda que pensam em votar no Arthur Lira, candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara.
Todos esses deputados querem que hada uma mudança, embora o Diretório Nacional PSB decidir por 80 votos a zero que a bancada na Câmara não vai votar em qualquer candidatura endossada pelo Planalto.