De acordo com Mourão, o maior adversário do governo é João Doria
Com as discussões sobre um possível pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) saiu em defesa de Bolsonaro.
“Não vejo hoje que haja condição de prosperar qualquer pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro”, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na sexta-feira, 15. "Aqui no Brasil qualquer coisa é impeachment, né? Deixa o cara governar, pô!"
Mourão considerou que, “talvez”, houve erros na comunicação do governo federal na condução da crise do sistema de saúde em Manaus e criticou o governador de São Paulo João Doria (PSDB), quem, segundo o vice-presidente, acabou “metendo os pés pelas mãos” com a taxa de eficácia da vacina Coronavac.
“O governador Doria virou garoto-propaganda da vacina e acabou metendo os pés pelas mãos. Apareceu na TV para dizer que a vacina tinha um valor ‘x’ de eficácia, quando não era verdade. Em nenhum momento ele compareceu para se retratar. Isso não revela boa gestão.”, disse.
De acordo com Mourão, o maior adversário do governo, em 2022, é Doria, que, especula-se, se lançará na disputa pela presidência.
“Hoje eu não vejo adversário para o presidente Bolsonaro. O que é mais destacado como concorrente é o governador Doria, mas eu julgo que o presidente continua vencendo. Talvez o pior opositor para nós mesmos seja não conseguir realizar o que temos de realizar.”, afirmou.
Para o vice-presidente, as movimentações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em se opor a Bolsonaro na disputa pela presidência da Casa, com o nome do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), não é um grande problema, e que um possível revés do governo na disputa não significa necessariamente uma derrota. Bolsonaro defende o nome de Artur Lira (PP-AL).
“O presidente sempre diz que melhor que se omitir é tomar uma decisão. Ele tomou a decisão de apoiar o deputado Arthur Lira. Por outro lado, não vejo que o candidato Baleia Rossi seria prejudicial ao governo. É um parlamentar equilibrado, de centro, que tem visão correta dos problemas nacionais.”, avaliou.