Ministros alegam que por conta da defesa de intervenção militar e ataques ao poder judiciário , deputada teria uma noção de Justiça "seletiva"
A indicação da aliada do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), Bia Kicis (PSL-DF), para o comando da Comissão de Constituição e Justiça, foi reprovada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a avaliação dos magistrados, Kicis teria uma noção de Justiça bem seletiva e portanto não pode assumir um cargo que exige isenção política. Entre as ações da deputada que estimularam a avaliação estão os ataques ao Poder Judiciário quando o mesmo toma decisões que contrariam o clã Bolsonaro, a defesa de uma possível intervenção militar e o apoio irrestrito a Flávio Bolsonaro e Fábricio Queiroz nos seus casos que correm nos tribunais. Reservadamente, os ministros disseram que já esperavam um gesto provocativo desse calibre da gestão de Arthur Lira (PP-AL).
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é considerada a comissão mais importante da Câmara por conta das suas atribuições. É a CCJ que analisa a legalidade de projetos de lei e de propostas de emenda à Constituição além de ter a autoridade para barrar o andamento de cassações de parlamentares e processos de impeachment.