O documento avalia a conduta do gestor durante a pandemia como "errática, maledicente e tresloucada" | Foto: Marcos Corrêa | PR
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) apresentou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido de interdição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No documento, protocolado nesta segunda-feira, 8, a sigla alega que falta ao chefe do executivo "discernimento necessário" ou "capacidades mentais plenas" para lidar com os problemas referentes a pandemia da Covid-19.
De acordo com o texto, não é possível que um Presidente da República aja com o intuito de “conduzir a população à morte, para confortar seus anseios e seu apreço pelo sofrimento, em detrimento da vida humana" e ainda avalia a conduta do gestor como "errática, maledicente e tresloucada".
"Ressoa inconteste que o Senhor Jair Messias Bolsonaro não está - ou nunca esteve - na plenitude das suas faculdades mentais, no que se mostra incapaz de medir as consequências de suas ações, notadamente quando age de forma renitente em colocar a vida da população brasileira em risco", escreve o partido.
A medida apresentada no documento é defendida pelo jurista Miguel Reale Jr, ex-ministro da Justiça e um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. No ano passado, Reale chegou a dizer que as tentativas do chefe do executivo em levar a população às ruas era "extremamente grave" e beirava "a configuração de crimes".