Painéis e barreiras foram instalados para alertar que a r. Direta do Santo Antônio agora tem sentido
As alterações permanentes no tráfego de vias no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico, dividiram opiniões de moradores e frequentadores no segundo dia de mudança do tráfego na região.
"O ordenamento irá beneficiar moradores e visitantes. Com a revitalização, o fluxo cresceu e são necessárias adequações para melhorar o tráfego", disse o engenheiro Antônio Carlos Alves Lopes, 56 anos, que mora no bairro há 40 anos.
No entanto, ele faz um alerta para a gestão municipal na forma de lidar com os moradores. "É preciso ter a sensibilidade de entender a necessidade dos moradores de estacionar seus veículos na área, já que não podemos alterar a estrutura dos imóveis e encontrar uma solução", explicou.
Alertas
Placas de sinalização e alertas em painéis luminosos foram instalados nos locais onde o sentido das vias foi alterado. Desde o último sábado, a rua Direta do Santo Antônio passou a ter fluxo em mão única em direção ao largo do Santo Antônio Além do Carmo. A mesma mudança foi realizada na rua dos Perdões, sentido Pelourinho, e na rua dos Marchantes, no sentido do Largo da Cruz do Pascoal.
No largo Santo Antônio Além do Carmo, a rotatória passou a funcionar no sentido horário. A ladeira do Baluarte permanece em mão-dupla, mas fica proibido o estacionamento no lado da via que segue para o largo do Santo Antônio. Por nota, a direção da Transalvador afirmou que as alterações "visam promover melhorias na fluidez e segurança da via, além de atender à demanda dos moradores".
No entanto, algumas intervenções ainda não são obedecidas. Na tarde deste domingo, 17, por volta das 15h, no lado direito da ladeira do Baluarte (sentido largo do Santo Antônio), três veículos estavam estacionados, mesmo com as placas de proibição.
Frequentador do local, o técnico em manutenção Jean Luiz, 23 anos, ainda acha que a determinação deveria valer para os dois lados da via que não teve o fluxo alterado e continua sendo mão-dupla. "Como passam carros nos dois sentidos, qualquer lado que fique ocupado acaba atrapalhando".
Já a recepcionista e moradora Cláudia Cunha, 35 anos, não vê benefício nas ações da Transalvador. "Depois de tanto tempo as pessoas já estavam acostumadas a trafegar por aqui. Acho que as mudanças vão mais confundir quem já sabe por onde ir e onde ceder para outro condutor", acredita.
Na rua dos Carvões, a insatisfação era com a proibição de virar à esquerda ao chegar à rua dos Marchantes - que passou a ter sentido único. "Não faz sentido. Agora tem que ir no largo, passar pela Água Brusca e pelo Boqueirão para chegar ao Aquidabã. Os agentes colocaram a placa e disseram que outra análise será feita", contou o morador Carlos Silva Campos, 55 anos. Até o fechamento desta edição, A TARDE não obteve êxito no contato com a Transalvador.